Se você trabalha em uma imobiliária, provavelmente já enfrentou aquele momento delicado: o proprietário insatisfeito com a cor da pintura na devolução do imóvel, alegando que não é a mesma da entrega, mesmo com vistoria em mãos.
👉 A boa notícia? Esse tipo de problema pode (e deve) ser evitado com um processo de vistoria mais cuidadoso e algumas práticas simples, mas eficazes.
Aqui estão 4 dicas fundamentais para proteger sua imobiliária e garantir mais tranquilidade para todas as partes envolvidas:
Esse é o maior erro que gera confusão futura.
Durante a vistoria de entrada, não basta apenas dizer "paredes em bom estado" ou "pintura nova". É essencial detalhar:
O nome da cor (exemplo: "Branco Neve", "Areia Suave") especificada previamente pelo proprietário
A marca da tinta, se houver (exemplo: Suvinil, Coral)
Qualquer referência ou código da tinta
Fotos em boa resolução mostrando as paredes de todos os cômodos
Se possível, um vídeo breve mostrando o panorama geral do imóvel
👉 Dica extra: Envie uma cópia dessa vistoria (com fotos) por e-mail ao proprietário no mesmo dia, criando um registro de que ele teve ciência da condição do imóvel.
Se o proprietário tem uma exigência específica sobre a devolução com a exata mesma cor, é obrigação dele informar isso claramente no momento da vistoria de entrada.
Caso ele não informe:
✅ A imobiliária pode apenas exigir que o locatário devolva o imóvel com uma cor similar ou equivalente, em estado de conservação compatível.
🔑 Essa informação também deve constar no contrato ou em documento anexo.
👉 Frase de impacto para lembrar sempre:
A culpa da pintura errada é do proprietário… e eu posso provar (com a vistoria de entrada em mãos)!
Um erro comum dos locatários é tentar "adivinhar" a cor da pintura na devolução. Isso quase sempre resulta em diferença de tonalidade e em discussões na vistoria de saída.
Por isso, a imobiliária deve sempre orientar o inquilino a:
Retirar uma pequena amostra de tinta (uma lasca discreta da parede)
Levar até uma loja de tintas para fazer a leitura de cor e criar a tinta mais próxima possível
✅ Essa dica simples pode evitar retrabalho, custo extra para o locatário e desgaste com o proprietário.
👉 Inclua esse passo no manual de desocupação que você envia ao inquilino ao final do contrato.
Uma prática cada vez mais usada por imobiliárias é incluir, junto da vistoria de entrada, um termo de ciência específico sobre a pintura.
Esse termo pode dizer algo como:
"Declaro que tenho ciência da condição atual da pintura do imóvel, bem como da(s) cor(es) utilizada(s). Caso deseje a devolução na mesma cor exata, informei previamente a marca e o código da tinta à imobiliária, ficando ciente de que, na ausência dessas informações, a pintura será considerada devolvida em cor similar e em bom estado de conservação."
👉 Esse documento pode ser assinado digitalmente ou junto ao contrato.
Essa pequena formalização tem ajudado muitas imobiliárias a evitar disputas e responsabilizações injustas.
Discussões sobre pintura são um dos principais motivos de conflito ao final de contratos de locação. Mas com documentação detalhada, orientação clara e termos bem estruturados, sua imobiliária pode reduzir drasticamente esse tipo de problema.